quarta-feira, 10 de março de 2010

Crioterapia no Desempenho de Atletas

A crioterapia representa um recurso terapêutico muito valioso para quem busca tratamento conservador, mais ainda com poucos embasamentos publicados pelos estudiosos da área.
O frio é um estado caracteriza a diminuição do movimento molecular, com uma variação de temperatura que oscila entre 0 graus centígrados e 18,3 graus centígrados.
Durante o tratamento com crioterapia o calor é retirado do corpo e absorvido pelo frio, estimulando o corpo a responder com uma série de respostas locais e sistêmicas. A magnitude desses efeitos esta diretamente relacionada com a temperatura, duração do tratamento e superfície exposta ao tratamento. Um dos principais efeitos do tratamento é a vaso constrição ou seja (diminuição no calibre dos vasos sanguíneos), que reproduz efeitos como: diminuição da taxa metabólica, diminuição da inflamação no local onde aplicado, analgesia em grau leve e queda na dor.
A crioterapia abrange diversas técnica que utilizam o frio em suas diversas formas: sólida, líquida ou gasosa.
Pode se aplicar a crioterapia de diversas maneiras: aplicação de gelo, massagem com gelo, sprays refrigerantes, aplicação de água fria, banho em água fria, criocinética, crioalongamento, criocirurgia e hipotermia corporal usada antes de procedimentos cirúrgicos.
A crioterapia é mais indicada para retirar o calor local do corpo, induzindo os tecidos a um estado de hipotermia reduzindo a taxa metabólica local, promovendo rapidamente uma diminuição das necessidades de oxigênio pela célula, preservando-a e permitindo que ela se recupere sem maiores danos. Portanto, os objetivos da crioterapia referem-se à condição de preservação da integridade celular de tecidos lesados, que possibilita uma regeneração rápida e com menos danos estruturais.
Os principais efeitos fisiológicos encontrados na literatura sobre a crioterapia são: anestesia, redução na temperatura, redução do espasmo muscular, relaxamento, permite a mobilização precoce, melhora na amplitude de movimento, redução no metabolismo, quebra do ciclo dor-espasmo-dor, diminuição da circulação sanguínea, diminuição da inflamação e estimulação do tecido.
Ainda não existe na literatura um consenso entre os estudiosos em relação ao tempo ideal para a aplicação da crioterapia durante uma sessão de tratamento, oque se sabe é que o tempo mínimo para se obter algum benefício estaria em torno de 20` para lesões de pequeno porte, 30` para lesões agudas e diminuição de edema de qualquer segmento corpóreo e por 40` na musculatura com grande sessão transversal, com intervalos de duas horas nas 12 -24 primeiras horas.
Para que ocorra uma redução do edema é necessário alternância entre os exercícios físicos e o gelo, isso devido à sua interferência significativa no sistema linfático, já que se necessita da retirada de proteínas livre de pequena densidade molecular do local lesado, oque só ocorre via sistema linfático, através da contração muscular.

Referências:
Douglas, 1994, Guyton, 1998 e knight, 2000.

Edson Ramalho
CREF o53354-G/SP
edsonpersonaltraining@hotmail.com

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