Foto UFC
Campeão dos pesos médios do UFC, Anderson Silva é um das figuras mais badaladas do mundo do MMA. Considerado por Dana White, presidente da franquia, o melhor lutador peso por peso do mundo, o brasileiro afastou o rótulo e disse, em entrevista à “Bandnews”, nesta terça-feira, que não se acha melhor do que os demais lutadores.
“Eu não acho que sou melhor que outros (risos). Tento fazer o que as pessoas acham impossível. Isso é reflexo da minha infância, das brincadeiras que fazia, de muito treino, agilidade, muitos filmes de Jackie Chan e Bruce Lee, e de todos os treinadores que tive, que foram muito incisivos em aplicar a arte marcial correta. Isso me faz diferente dos outros, mas não melhor”.
“Spider” disse ainda que as pessoas dão muita atenção a Chael Sonnen, seu próximo adversário, mostrou sua torcida para que a revanche aconteça em São Paulo, revelou o que o tira do sério, que sua biografia é “meio polêmica” e não vê o MMA se tornando esporte olímpico
Confira a entrevista abaixo:
Medo:
Tenho bastante medo. Quando você tem medo, fica mais cauteloso. Tento controlar isso junto com a adrenalina, para fazer com que essas coisas fiquem aliadas a mim. A adrenalina ajuda ou te derruba. O medo é importante em uma profissão como a minha, como a dos bombeiros e policiais. Você aprende a respeitar seus limites e tem regras básicas a seguir. É o que faço.
Biografia:
Será lançada em meados de abril. É meio polêmica, mas acho que vai ser bacana. Tem algumas coisas no livro que acabo falando, coisas que algumas pessoas talvez não gostem. Dou relatos de coisas que aconteceram na minha vida, bastante marcantes. Tem várias coisas no livro que eu conto que acabaram me prejudicando. Conta parte da minha vida que houve politicagem, que me prejudicou. Vale a pena o pessoal ler.
Chael Sonnen:
Ele pode falar o que ele quiser, infelizmente não serve de exemplo para ninguém. Não tenho muita coisa para falar dele. Se eu tivesse na condição dele, falando o que está falando, talvez nem entrasse mais no país. Temos que ser mais patriotas, parar de dar ênfase a ele, que desrespeitou nossa pátria. Quando saímos do país para representar o Brasil, somos respeitados pela tradição no esporte e pelo que vamos fazer. Nunca vamos parar perder, sempre para ganhar e todo mundo sabe que os brasileiros são os melhores no que fazem. Temos que dar mais valor aos lutadores brasileiros e parar de dar ênfase a esse rapaz, o Chael Sonnen.
Local da revanche:
Estou torcendo para que seja em São Paulo. Queria convidar a todos para conseguirmos trazer o evento para São Paulo. É importante para a cidade e para o Brasil.
Sucesso do UFC no Brasil:
Temos uma tradição nesse esporte graças à introdução dada pela família Gracie. Assim como no futebol temos uma tradição muito forte, nesse esporte (MMA) também. O UFC veio para fortalecer isso. Hoje é um dos esportes mais vistos no mundo inteiro. Teremos um reality show que passará no Brasil, dando mais oportunidade das pessoas que não sabem do que se trata, saberem como é a vida do atleta. É importante. Lá fora todo mundo conhece, então fica mais fácil.
Por que é melhor que os outros?
Eu não acho que sou melhor que outros (risos). Tento fazer o que as pessoas acham impossível. Isso é reflexo da minha infância, das brincadeiras que fazia, de muito treino, agilidade, muitos filmes de Jackie Chan e Bruce Lee, e de todos os treinadores que tive, que foram muito incisivos em aplicar a arte marcial correta. Isso me faz diferente dos outros, mas não melhor.
Golpe diferencial:
Acho que não tenho um golpe que que seja melhor que o outro. Como fala um antigo professor meu, o melhor golpe é aquele que o adversário não consegue ver. Não existe nenhum em específico.
MMA esporte olímpico:
Acho que não. A gente pode isolar alguns esportes que englobam o MMA, como o Jiu-Jitsu, que pode ser um esporte olímpico. Existem regras diferenciadas, mas o MMA não tem porque ser um esporte olímpico.
Estrela mundial:
O principal é não perder o foco. Meu principal objetivo é manter o título no Brasil, dando bons exemplos para as crianças, então tenho que estar sempre em boa sintonia com minha própria identidade. Tenho que estar sempre me dividindo entre o atleta e os trabalhos fora dos ringues. Não ganhei muitos amigos novos, são os mesmos de 20 anos atrás.
Exemplo para crianças:
Temos vários exemplos que podem ser usados para crianças, principalmente as de classe média e baixíssima. Podemos mudar os heróis do nosso país. Isso está acontecendo com esse esporte. O UFC faz uma divulgação muito grande desses atletas pelo mundo. Sou parado por crianças, mulheres, pessoas mais velhas e isso me dá uma grande responsabilidade como cidadão brasileiro. Principalmente quando vem uma criança no meio da multidão e chama sua atenção falando que é seu fã, que assiste suas lutas.
O que o tira do sério:
Namorado da minha filha me tira do sério (risos).
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