quarta-feira, 13 de junho de 2012

Anderson: “Não sou perfeito, tenho meus erros”


Foto divulgação

Transformado em ídolo nacional e garoto-propaganda preferido das grandes marcas, Anderson Silva se prepara agora para enfrentar o maior desafio da carreira. No próximo dia 7 de julho, a estrela do MMA sobe ao octógono para um embate com o norte-americano Chael Sonnen, derrotado por ele de maneira espetacular em agosto de 2010.

Anderson está de bem com a vida e explica como lida com a pressão que vem de todos os lados. “Não sou perfeito, tenho meus erros. Mas tento ser melhor do que fui no dia passado. Assim conquisto meu caminho e encontro o meu centro, minha base”, diz, em matéria que estampa a capa da edição de junho da Rolling Stone Brasil.

Nos últimos meses, Anderson se encontra imerso em um processo intenso de treinos. Pressionado por todos os lados, o lutador enfrenta diversos obstáculos - desde a mudança do local da luta do Brasil para os Estados Unidos até as provocações públicas de Sonnen, além do longo período sem lutar. Assim, os treinos viraram prioridade absoluta, com apenas um dia de folga por semana e nenhum espaço para distrações.

“Eu nunca treinei para ser este campeão que sou hoje, mas para ser tão bom quanto os meus professores”, dispara.

Aos 37 anos, Anderson Silva está em um patamar que poucos esportistas brasileiros já conseguiram alcançar. Manteve o cinturão em duas ocasiões, foi contratado pela agência 9ine, controlada pelo ex-jogador Ronaldo Nazário, e tornou-se atleta patrocinado do Sport Club Corinthians Paulista. Desde então, acumula mais contratos do que qualquer outra personalidade nacional e ainda arruma tempo para lançar uma autobiografia e estrelar um documentário.

“Não gosto dessa coisa de famoso. Sou normal. Óbvio que tudo mudou, mas não me sinto assim. É uma fase que tenho de aproveitar, que uma hora vai acabar, mas tenho que ter a consciência de que sou como qualquer outra pessoa”, afirma.

Pé no chão, o lutador de MMA garante que não se deslumbra com a fama. “Hoje, eu luto porque gosto. Não preciso de mais do que isso. Eu não tinha nada. Não posso mudar minha essência porque estou famoso”, conta.

Mas se hoje ele é o queridinho da mídia, há alguns anos ele enfrentava certa má fama, reputação adquirida devido a entrevistas sinceras demais e atitudes consideradas desrespeitosas nos ringues.

“Eu falo o que penso. E isso acaba causando uma imagem de marrento”, ele concorda. “Todo repórter me pergunta no final das lutas: ‘Com quem você quer lutar agora?’ Eu respondo a mesma coisa: ‘Com meu clone’. Isso soa de uma forma que as pessoas não entendem...‘Ah, o cara acha que não tem ninguém pra lutar com ele!’ Não, é porque eu não quero falar de ninguém!” finaliza.

Anderson, fã assumido de Michael Jackson, incorpora o Rei do Pop nas duas versões da capa da edição 69 da Rolling Stone Brasil. Em uma, relembra o visual icônico do clipe "Thriller"; na outra, de chapéu, jaqueta e luva branca, ele revive um look que o astro costumava utilizar em apresentações ao vivo.

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