Reportagem Samira Bomfim, direto da Califórnia
Foto Eduardo Ferreira
Gabi Garcia escreveu mais um capítulo de sua história no Mundial, disputado na Califórnia, neste fim de semana. A peso pesado faturou seu quarto título no campeonato, ao derrotar Tammy Grieco na decisão.
Sem perder muito tempo, Gabi chegou às costas de Tammy e abriu 6 a 0 no placar. A fera da Alliance passou a guarda, ampliando para 9 a 0. O placar marcava 12 a 0 a seis minutos de luta, com mais uma passagem. Gabi Garcia venceu com sobras: 19 a 0.
“Estou muito feliz. Não consegui finalizar, mas acho que lutei direitinho, sempre pra frente. Minha família toda está aí. Minha mãe, meu pai. É a primeira vez que eles vêm e fui campeã mundial. É uma felicidade sem fim”, disse, em entrevista à TATAME.
Já tendo enfrentando Tammy outras cinco vezes, Gabi sabia o que tinha que fazer para ser mais uma vez campeã, relembrando a final entre as duas no Pan, em 2011.
“Ela é uma adversária muito dura, enfrentei-a umas cinco vezes. Na final do Pan do ano passado, ela saiu na frente o tempo inteiro, recuperei só no último minuto de luta. Foi uma luta bem difícil. Ela é uma atleta que está chegando e eu sei que vai dar muito trabalho lá para frente”.
Gabi ainda vai fazer a final do absoluto diante Luiza Monteiro. A faixa-preta relembrou sua trajetória até a decisão. Caso a peso pesado vença, será a primeira tricampeã da história do Mundial.
“Caí de baia, finalizei a primeira luta rapidinho. Lutei com a Treta, consegui finalizar rápido e fiz a semifinal com a Bia, que foi 2x0. Achei que não lutei tão bem. Essa rivalidade que tem entre a gente e a Gracie Humaitá acabou me deixando um pouco afobada para a luta e querendo sempre finalizar. Não saiu do jeito que eu queria, mas saí com a vitória e é isso que importa”, lembrou.
“Estou muito feliz. Se eu vencer hoje, vou ser a única mulher tricampeã da história, me igualando ao Roger (risos). Se Deus quiser, vai dar certo. Sou muito feliz”, completou.
Assim como Bia Mesquita, Gabi comentou que a separação da preta da marrom foi um fato benéfico para o Jiu-Jitsu feminino.
“Acho muito bom pelo crescimento do esporte. Foi o maior ano de inscrições do feminino. Isso só mostra como o trabalho das faixas-pretas está sendo bem realizado porque as meninas estão se espelhando na gente, estão entrando em campeonatos e lutando. Acho que só tem a crescer cada dia mais. Foi um número menor de lutas, mas acho que ano que vem já iguala com as meninas que vão subir da marrom pra preta. Só tem a crescer”.
Deixando o individual de lado, a campeã dos pesados falou sobre o domínio da Alliance no placar geral por academias.
“Eu sempre luto pelo crescimento do esporte feminino para a gente se igualar, quem sabe, aos homens um dia. Faço de tudo para tentar ajudar. Tanto eu quanto a Luanna. Se a gente ganhar esse ano, é o terceiro ano consecutivo que vencemos o feminino. Por três anos, o melhor time feminino da história. Isso se deve à ajuda às nossas categorias de base, nossas faixas-azuis: Vivi e a Jack, com patrocínio. Conseguimos patrocínio para elas. Viemos com quase 16 meninas só do Brasil, então está crescendo a cada dia mais”.
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