domingo, 10 de junho de 2012

Gabi Garcia é tetra sob olhares da família



Reportagem Samira Bomfim, direto da Califórnia
Foto Eduardo Ferreira

Gabi Garcia escreveu mais um capítulo de sua história no Mundial, disputado na Califórnia, neste fim de semana. A peso pesado faturou seu quarto título no campeonato, ao derrotar Tammy Grieco na decisão.

Sem perder muito tempo, Gabi chegou às costas de Tammy e abriu 6 a 0 no placar. A fera da Alliance passou a guarda, ampliando para 9 a 0. O placar marcava 12 a 0 a seis minutos de luta, com mais uma passagem. Gabi Garcia venceu com sobras: 19 a 0.

“Estou muito feliz. Não consegui finalizar, mas acho que lutei direitinho, sempre pra frente. Minha família toda está aí. Minha mãe, meu pai. É a primeira vez que eles vêm e fui campeã mundial. É uma felicidade sem fim”, disse, em entrevista à TATAME.

Já tendo enfrentando Tammy outras cinco vezes, Gabi sabia o que tinha que fazer para ser mais uma vez campeã, relembrando a final entre as duas no Pan, em 2011.

“Ela é uma adversária muito dura, enfrentei-a umas cinco vezes. Na final do Pan do ano passado, ela saiu na frente o tempo inteiro, recuperei só no último minuto de luta. Foi uma luta bem difícil. Ela é uma atleta que está chegando e eu sei que vai dar muito trabalho lá para frente”.

Gabi ainda vai fazer a final do absoluto diante Luiza Monteiro. A faixa-preta relembrou sua trajetória até a decisão. Caso a peso pesado vença, será a primeira tricampeã da história do Mundial.

“Caí de baia, finalizei a primeira luta rapidinho. Lutei com a Treta, consegui finalizar rápido e fiz a semifinal com a Bia, que foi 2x0. Achei que não lutei tão bem. Essa rivalidade que tem entre a gente e a Gracie Humaitá acabou me deixando um pouco afobada para a luta e querendo sempre finalizar. Não saiu do jeito que eu queria, mas saí com a vitória e é isso que importa”, lembrou.

“Estou muito feliz. Se eu vencer hoje, vou ser a única mulher tricampeã da história, me igualando ao Roger (risos). Se Deus quiser, vai dar certo. Sou muito feliz”, completou.

Assim como Bia Mesquita, Gabi comentou que a separação da preta da marrom foi um fato benéfico para o Jiu-Jitsu feminino.

“Acho muito bom pelo crescimento do esporte. Foi o maior ano de inscrições do feminino. Isso só mostra como o trabalho das faixas-pretas está sendo bem realizado porque as meninas estão se espelhando na gente, estão entrando em campeonatos e lutando. Acho que só tem a crescer cada dia mais. Foi um número menor de lutas, mas acho que ano que vem já iguala com as meninas que vão subir da marrom pra preta. Só tem a crescer”.

Deixando o individual de lado, a campeã dos pesados falou sobre o domínio da Alliance no placar geral por academias.

“Eu sempre luto pelo crescimento do esporte feminino para a gente se igualar, quem sabe, aos homens um dia. Faço de tudo para tentar ajudar. Tanto eu quanto a Luanna. Se a gente ganhar esse ano, é o terceiro ano consecutivo que vencemos o feminino. Por três anos, o melhor time feminino da história. Isso se deve à ajuda às nossas categorias de base, nossas faixas-azuis: Vivi e a Jack, com patrocínio. Conseguimos patrocínio para elas. Viemos com quase 16 meninas só do Brasil, então está crescendo a cada dia mais”.

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