Segundo o médico, curtir o carnaval plenamente é uma atividade física extenuante. Ele explica que, neste processo, há a ruptura das fibras musculares, que podem provocar graves lesões ao serem filtradas pelos rins. “Mesmo indivíduos bem condicionados têm que estar bem hidratados, garantir o repouso e não exceder”, destaca Pires.
“O álcool não hidrata ninguém. Pelo contrário, ele acelera o processo de desidratação, assim como energético e bebidas ricas em açúcar”, alerta o especialista.
Como os blocos são cada vez mais diurnos, é importante não esquecer o protetor solar. Parte da desidratação se dá pela perda de líquido e a pele queimada favorece o processo. É preciso ter atenção redobrada com as crianças, que são mais vulneráveis.
Quem gosta do clima de paquera tem que ficar de olho também na mononucleose infecciosa, conhecida como ‘doença do beijo’ e que é causada por vírus. “Cerca de 90% da população adulta já teve contato em algum momento da vida com o vírus. Na fase aguda, ela se manifesta como uma amidalite, dá dor de garganta e febre”, explica Pires.
Cuidado com alimentos evita intoxicação
Como passam muito tempo na rua, muitos foliões comem alimentos de procedência desconhecida, o que pode provocar intoxicações alimentares. As que são causadas por toxinas têm início poucas horas após a ingestão do produto contaminado e são debeladas assim que as toxinas são eliminadas. “Mas o folião vai ter que ficar em casa fazendo hidratação e pode apresentar quadro de náuseas e diarreia que vai impedi-lo de curtir o carnaval”, aponta o médico.
Os casos mais graves são as infecções bacterianas, que precisam ser combatidas com antibiótico e, nos casos mais graves, há a necessidade de internação hospitalar. O clínico geral aconselha usar canudos ou lavar bem embalagens, latinhas e garrafas. “Isso não é uma frescura, é uma necessidade”, afirma.
Matéria publicada no Portal Globo.com
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