segunda-feira, 6 de junho de 2011

Marcelinho Garcia



Marcelinho Garcia conquistou o Mundial de Jiu-Jitsu pela quinta vez, no domingo, ao vencer Lucas Leite, nos pontos (2 a 0). Soberano entre os adversários do peso médio, o faixa-preta, que, atualmente, treina em Nova Iorque, afirmou que a sensação de ser pentacampeão é a mesma de quando faturou a medalha de ouro pela primeira vez. Em entrevista à TATAME, o casca-grossa explicou o motivo que o levou a não tentar o título do absoluto, falou sobre seu projeto pessoal e contou que está com muita vontade de lutar no ADCC, em setembro, na Inglaterra. “O ADCC é a competição mais empolgante porque você espera dois anos. E estou mais empolgado ainda para essa edição, pois estou esperando quatro anos para tentar mais uma vitória”, disse




Existe alguma diferença em relação ao seu primeiro título mundial?

A emoção é a mesma. Gosto muito de estar aqui, de treinar e estar na academia. Não tem como fazer isso tudo e não competir, seria sem razão. O reflexo disso tudo é vir aqui representar tudo que treinei.

Por que você abriu mão de lutar o absoluto?

É meio ingrato. Luto o absoluto desde os 14 anos, quando eu ainda era amarela e perdi para um faixa-roxa pesadão, O cara era gigante e conta vantagem até hoje. Desde lá eu luto peso e absoluto em todo campeonato. Me sacrificava com os grandões e depois lutava na minha categoria. Cheguei a lutar machucado, nem preciso dizer em qual luta, mas é um sacrifício muito grande. Hoje, o corpo não está aguentando mais absoluto antes e categoria depois. Ficou mais difícil ainda lutar o absoluto e com alguém fresco na categoria no mesmo dia, tendo que controlar o peso. Foi à gota d’água, o que me desanimou um pouco.

Mudou muita coisa passar a treinar em sua própria equipe?

Acho que não mudou tanto. Desde que morava em São Paulo, na época em que a Alliance estava com falta de atletas competidores, eu já dava aula. Tinha o Fábio, Soluço para treinar, mas eles eram uma faixa abaixo da minha, então já era acostumado a não ter que treinar só com faixas-pretas. Sempre consegui fazer meu treino independente se os atletas eram melhores que eu ou não, isso nunca foi necessário no meu treinamento. Hoje, em Nova Iorque, lugar que eu mais dei aula, completei um ano e meio e tendo treinos cada vez melhores. Daqui para frente talvez só melhore em relação a isso.

Fale sobre o Projeto MGInAction.

No Jiu-Jitsu tem que fazer de tudo: dar aula, lutar para tentar promover a academia e mostrar seu Jiu-Jitsu para todo mundo. Esse site é algo que mostro toda minha técnica, me exponho, e está dando certo. Em vez de ficar só fazendo propaganda, resolvemos investir nos atletas. Investimos dez mil dólares pelo website e cada um que chegasse na final, e vencesse por pontos ou vantagem dividiria o dinheiro com todos os que usaram os patches do MGInaction. A explicação básica é essa. Tomara que isso dê certo. Tendo retorno, vamos retribuir cada vez mais isso. Quero a chance de um dia poder dar mais se o website tiver mais sucesso ainda.

A partir de agora a preparação será voltada para o ADCC?

O ADCC é a competição mais empolgante porque você espera dois anos. E estou mais empolgado ainda para essa edição, pois estou esperando quatro anos para tentar mais uma vitória. Recebi o convite, então não tive que me sacrificar com a seletiva. O Sheik Tahnoon é um cara que mesmo com todo o poder que tem arruma tempo de se dedicar ao Jiu-Jitsu. A gente deve bastante a ele, que fez o Abu Dhabi, a competição, e sempre que temos a chance vamos lá.

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